terça-feira, 3 de janeiro de 2017

CRIME PRATICADO POR TRAFICANTE DE DROGAS, O USUÁRIO TAMBÉM É CULPADO

Lamentável que a primeira postagem do blog seja sobre um caso que chocou a capital dos catarinenses, Florianópolis, com a manchete INTITULADA: “TURISTA GAÚCHA É MORTA AO ENTRAR POR ENGANO EM COMUNIDADE DO NORTE DA ILHA, EM FLORIANÓPOLIS - http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2017/01/turista-gaucha-e-morta-ao-entrar-por-engano-em-comunidade-do-norte-da-ilha-em-florianopolis-9033609.html. Por outro lado o lamentável fato criou a oportunidade para o debate necessário no sentido de trazer à reflexão dos leitores pontos importantes, evitando dessa forma que prevaleçam determinadas opiniões de alguns falsos especialistas, e até mesmo de parte da mídia, que desinformada, se atreve a sentenciar sobre o que é certo e o que é errado no caso em análise.
Sem entrar no mérito e comentar sobre o local, (comunidade Papaquara) que segundo consta é um local de urbanização desordenada com pouca presença do poder público dentre outros fatores decorrentes de tal abandono, há algo, no entanto, que gostaria de dedicar a presente postagem com ênfase, por considerar de suma importância.
Refiro-me ao que todos da mídia e até de órgãos oficiais reconheceram que a comunidade de “Papaquara” está sob a influência do tráfico de drogas. Até mesmo a Polícia Militar manifestou-se exibindo estatística de operações policiais e prisões realizadas com certa frequência recentemente na mencionada comunidade, demonstrando ser procedente tal afirmação.
É justamente sobre isso que gostaria de comentar e chamar a atenção: o tráfico de drogas existente no local. 
Se lá existe tráfico de drogas é por um motivo bastante simples: é devido a existência de grande demanda de usuários para alimentá-lo, proporcionando lucro e fazendo da atividade ilícita um negócio atrativo e rentável.
O que a mídia e até a sociedade reluta em comentar parecendo que há tabu a esse respeito, é que só há traficante e crime em determinado local porque o usuário (ou viciado como queiram chamar) compra a droga em pequenas porções no varejo, como já mencionado, alimentando o crime e fornecendo recursos financeiros para compra de armas, munições e mais drogas (no atacado), arma como aquela que matou a “turista gaúcha” citada nas manchetes jornalísticas.
Outra questão que a mídia insiste em NÃO mencionar (OU ESCONDER) é quem são esses usuários imbecis que compram droga alimentando tráfico? Pois vou me atrever a sentenciar que esses usuários são, na esmagadora maioria, da dita elite da sociedade que possuem recursos (dinheiro) para adquirir a droga alimentando seu vício e o próprio tráfico. Os tais usuários são sim estudantes, profissionais de diversas origens e, principalmente os “filhinhos de papai”, aqueles de “papais” que geralmente reclamam ações contundentes das polícias esquecendo-se, muitas vezes, que são seus filhos, ou eles mesmos, que alimentam esses criminosos que mataram a “turista gaúcha” e matam pessoas todos os dias.
Pura hipocrisia reclamar somente da polícia, remetendo somente a ela: polícia, a resolução de problema tão complexo e que atinge a todos indistintamente. Onde está a mídia e a própria sociedade que não toma atitude no cotidiano para mudar tal situação? A mídia deveria estar orientando adequadamente e valorizando as ações policiais ao invés de ridicularizar os policiais desmotivando-os cada vez mais e a sociedade participando das discussões, cuidando e educando seus filhos evitando que seja um usuário e passe a alimentar, com sua “inocente” compra toda essa escalada do crime e da violência.
Aliá sobre isso realizei postagem neste blog sob o titulo: TRÁFICO DE DROGAS E SUA VIOLÊNCIA - O CULPADO É O IMBECIL DO USUÁRIO E NÃO A POLÍCIA - http://marlonteza.blogspot.com.br/2013/01/trafico-de-drogas-e-sua-volencia-o.html .
Enfim essa é a reflexão que gostaria de trazer a baila, rogando que antes de realizar a crítica apenas às instituições policiais quando ocorrem fatos similares decorrentes do tráfico de drogas, realize uma avaliação geral e minuciosa sobre os fatos, suas causas, as consequências e seus responsáveis. Fazendo isso, com certeza, estaremos todos colaborando para o encaminhamento de resolução do problema e não alimentando discussões intermináveis sem chegar a lugar algum.
Bom ano de 2017 a todos.
MARLON JORGE TEZA